Alongamento de Tic Tac – foram dois anos usando aplique


Quando criança meu cabelo era extremamente crespo. Sofria com tranças apertadas que repuxavam minha testa e incomodavam bastante ao dormir. Por volta dos 12 anos fiz meu primeiro relaxamento. Recordo-me da ansiedade e também da frustração. Era criança e acreditava que aconteceria um milagre e depois dos procedimentos teria o cabelo igual das meninas da escola. Esse foi o inicio de uma longa batalha na busca por cabelos longos.
Talvez por excesso de relaxamentos, uso constante de chapinhas, ou até mesmo alguma carência de vitamina não diagnosticada, meus cabelos nunca cresceram ou se quer desenvolveram. Em 2012 já trabalha e como tinha meu próprio dinheiro resolvi colocar mega Har. Procurei alguns salões e todas as profissionais disseram que devido o meu cabelo ser extremamente fino e fraco, o mesmo não suportaria o peso do alongamento. E lá se foi mais uma decepção.
Encontrei na internet um kit de aplique tic tac e fique curiosa, era um preço aceitável e um site chinês (não lembro o nome do site). Vi também reclamações de encomendas que não chegavam ou de qualidade ruim. Resolvi arriscar e com um mês estava recebendo o alongamento. Neste período de espera já tinha lido todos os sites, blogs e resenhas que ensinavam a colocar o aplique. Incrivelmente a cor ficou igual ao meu cabelo natural, não necessitando de pintura, procurei uma cabeleireira que cortou as pontas e fez a primeira chapinha. Não consigo descrever aquele momento, pela primeira vez me senti uma mulher completa
.
                                                       



Era essa talvez a sensação que espera sentir a dez anos atrás quando fiz aquele primeiro relaxamento.
Apenas as pessoas mais próximas perceberam a diferença, os amigos distantes ou conhecidos que encontrávamos pouco chegaram a acreditar que de fato meu cabelo tinha crescido.
Usei o aplique tic tac por dois anos seguidos:
Colocava de manhã e tirava para dormir todos os dias.
Lavava uma vez por mês, fazia rabo, cachos, usava liso e trançado.
Não sentia incomodo, por vezes algum fio que puxasse era uma terrível dor rapidamente resolvida.
Quando suava coçava um pouco, pois o suor demorava mais a secar.
Nunca molhava o meu cabelo com o aplique.
Os tic tac quando começavam a ficar velhos também incomodavam.
Meu cabelo não danificou, mas confesso que em alguns locais da cabeça onde os tic tacs encostavam surgiram pequenas falhas no cabelo (pequenos espaços onde o cabelo caiu).

Em 2014 resolvi colocar de fato mega har por que estava trabalhando muito e perdia muito tempo todos os dias colocando e tirando o aplique de tic tac. Não me arrependo de ter usado e usaria novamente. 

Hoje esse tipo de aplique está bem mais popular, as artistas usam quando querem dar volume  ou comprimento aos cabelos, e facilmente encontra-se em  loja com bom preço e qualidade.

Cada mulher tem uma adaptação diferente não somente com o tic tac como também com qualquer outro alongamento. Três coisas são indispensáveis: Bom senso, cuidados e higiene.





Dia da consciência negra

Vivemos em uma sociedade que prega o não preconceito, a não discriminação, a igualdade entre os povos. 

O assunto racismo passou de polêmico, a algo intocável pela sociedade. Não, não existem mais preconceitos. Somos e tratamos as pessoas da mesma forma, independentes de qualquer diferença... A tá! Até parece que isto é verdade. A sociedade se mascara de liberal, cabeça aberta, adeptos da igualdade, apenas para manterem uma imagem positiva socialmente. Não adianta esconder, não adianta negar. O preconceito existe, hoje ainda, e este é muito forte. Não tem como virar as costas para algo tão cotidiano. Vivemos em uma sociedade de jovens preconceituosos, adultos preconceituosos e educamos nossas crianças desta mesma forma.  
Os negros se auto discriminam pela cultura em que vivem e pelo histórico de discriminação sofrida. Os negros são discriminados, são menosprezados ao terem acesso ao ensino superior, ao buscarem melhores condições de vida, ao lutarem por seus sonhos.
São exemplos banais de preconceito: a cota para negros no ensino superior, todo o marketing em volta de uma atriz negra, a cota para inserção de modelos negros em desfiles... ai, são tantas manifestações de discriminação que poderia até cansa. É válido lembrar que o que nós adolescentes, sofremos na escola, nos grupos em que estamos inseridos é muitas vezes manifestações tão corriqueiras que acabamos por considerar normal, coisas como levarmos nome de macacos, negos ou negas e tantas outras expressões que estamos cansados de escutar e nem importamos mais.
O nosso Estado prevê, que toda forma de racismo deve ser punida. Então cabe a nós, negros, lutarmos por nossos direitos e lutarmos por uma sociedade que além de igualitária, não pregue demagogias e que não levante bandeiras das quais de fato não acredita.
Todos os dias são dias para lembrarmos de nossas lutas.
Todos devem ser dias de consciência negra, dias de igualdade, dias de paz...

Ser Chique sempre

By:GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem é discreto.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas, nem com seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique é não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir..
Chique é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", o telefone, quando estiver sentado à mesa do restaurante,  prestar verdadeira atenção à sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda,  correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade..

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar inteligentes... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

GLÓRIA KALLIL.

Dias melhores estão por vir..

Dias melhores estão por vir..



Ás vezes me pergunto qual será o porquê de tanto sofrimento, ora de tantas provações o senhor permite que aconteça em minha vida.
Seria eu uma escolhida do senhor a trilhar um caminho árduo, mas maravilhoso?
Seria eu uma pessoa má, que engana a se própria?
Busco tantas respostas em minha vida, que às vezes me perco em meio a tantas perguntas e a tantas respostas.
Não sei até que ponto eu sou feliz, até que ponto engano-me dizer ser feliz.
Ainda hoje a minha fé continua firme. Mas tenho medo (na realidade receio) de até que ponto eu vou conseguir sustentar-me em meio a tantas lutas.
Eu creio que o senhor é comigo. Sim, eu creio que ele não só vê como também permite que tais coisas aconteçam. Mas, por quê?
Sei que para os escolhidos de Deus nada é alcançado de maneira fácil, nada vem sem luta.
Minhas forças estão acabando. Já não tenho o mesmo ânimo, a mesma força, o mesmo coração. Este hoje se sente sozinho. As lagrimas já são espontâneas. Sinto que as graças estão próximas... Resta apenas perseverar e esperar...
Acredito na simplicidade como a formula mágica do sucesso. Almejo coisas tão simples. Simples mas extremamente importantes para meu coração. Enquanto eu tiver forças para lutar, voz para clamar, lagrimas para desabafar e fé para levantar... Eu não vou desistir...
Dias melhores estão por vir... E eles virão!!!!!


O sotaque das mineiras, por Felipe P. Neto

O SOTAQUE DAS MINEIRAS


Felipe Peixoto Braga Netto (1973) afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos - não é, enfim, literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras.

Paulistano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que abaixo foi extraída do livro 'As coisas simpáticas da vida', Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.

O SOTAQUE DAS MINEIRAS

(F.P.B. Netto)

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.

Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?

Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho,

me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'.

Assino, achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.

Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.

Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.'

Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.

Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito 'é competente' em tal ou qual atividade. Fala que ele 'é bom de serviço'. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô.

Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido...

Mineiras não usam o famosíssimo 'tudo bem'. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?' Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc)

O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados.

Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você 'mexe', não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém 'consegue nada'. Você 'não dá conta'. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'

Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.

Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que,'apaixonado com'.

Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'

Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram.

São barradas pelas montanhas.

Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir..'

Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta... Só não me perguntem!

Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.

No supermercado, o mineiro não faz 'muitas compras', ele 'compra um tanto de coisa'. O supermercado não 'estará lotado', ele 'terá um tanto de gente'. Se a fila do caixa não anda, é porque está 'agarrando' lá na frente.

Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena,suspirará:

'- Ai, gente, que dó.'

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras... Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer,

mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.

Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.

Ah, e tem o 'Capaz...'

Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'?

É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? com algumas toneladas de

ironia.. Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá.

É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?

Completo ele fica: '- Ah, nem...' O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum.

Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.

Resposta: 'nem...'

Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?

Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.

Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'...

- Que' s coisa? - ela retrucará.

O plural dá um pulo. Sai das 'coisas' e vai para o 'que'!

Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'.

E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:

- Ele pôs a culpa 'ni mim'.

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas...

Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.

E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam.

Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.

Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.

Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente.

Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.

É útil deixar claro o destinatário do tchau...

Na verdade, aqui se fala tiau!!! E é como eu me despeço docê!